segunda-feira, 10 de abril de 2017

A terra não é redonda? E a lua, nosso satélite...É redonda?

Rodrigo Stenio


Nossa formação primária, e às vezes também a secundária, está cheia de erros e mitos. São várias as mentiras que, ingenuamente, povoaram nossa educação. Baseados em livros e inúmeras fontes que conhecemos durante nosso processo de aprendizagem, transformamos nossa percepção acerca do mundo que nos rodeia. Um dos relatos mais cheios de mentiras, curiosamente, tem a ver com um personagem muito famoso: o chamado descobridor da América, Cristóvão Colombo.



Segundo informam os livros de história, o navegador italiano procurava uma rota interna que lhe guiasse para as Índias. Devido a um erro de cálculo, no entanto, Colombo acabou chegando às costas de um novo continente, em 12 de outubro de 1492. Ao "Novo Mundo" chamaram de "As Índias Ocidentais". Já conhecemos as crenças populares daquela época que supunham que a Terra era completamente plana.

Essas crenças vinham de antigos mitos que, por sua vez, supunham que a Terra fosse como um disco redondo e plano, que flutuava sobre as águas do oceano. Na verdade, os primeiros mapas gregos foram baseados nestas teorias. Nos tempos de Colombo, muitas pessoas ignorantes ainda pensavam que, navegando em direção ao horizonte se alcançaria a borda do mundo, e se terminaria caindo em um precipício. No entanto, tanto estudiosos quanto governantes daquela época, sabiam que nada disso era verdade.


A forma esférica da Terra foi determinada por uma série de filósofos e intelectuais (tais como Pitágoras, Aristóteles, Claudio Ptolomeu, Copérnico e Galileu Galilei), muito antes de Colombo pôr os pés no solo do continente americano. Na verdade, diz-se que os primeiros a chegarem ali haviam sido os siberianos do Pleistoceno, seguidos pelos Vikings. Curiosamente, o mito da Terra plana foi novamente popularizado por volta dos séculos XIX e XX, graças a um romance de Washington Irving entitulado "Vida e viagens de Cristóvão Colombo".

O desenvolvimento da tecnologia e as concepções cada vez melhores dos sábios dos nossos tempos, conseguimos nos alçar para fora da atmosfera e levar o ser humano para o espaço, para a Lua e até para outros planetas. Descobrimos galáxias, aprendemos cada vez mais sobre o cosmos, mas... nem com tanto cuidado e progresso conseguimos demonstrar, em 100%, o formato verdadeira do nosso lar terrestre. Pelo menos, não até agora.

Na atualidade de há pouco, todos já sabíamos que nosso planeta não era um disco plano, nem tampouco se parecia com uma bola perfeitamente redonda, mas que teria uma forma bastante irregular (especialmente levando-se em conta o aspecto do Equador e dos polos). Há pouco tempo, no entanto, a Agência Espacial Europeia publicou uma imagem que parece demonstrar algo que vai além do já estávamos cientes. Acontece que, se olhamos bem, o nosso planeta poderia ser comparado a...uma batata!

Embora os próprios cientistas não se sintam muito confortáveis ao utilizar esta comparação, a Terra é realmente parecida com uma batata. Ultimamente, foram capazes de gerar uma visualização do formato real do nosso planeta, que também representa as inclinações de força e gravidade que o influenciam. A ilustração surgiu graças a pesquisas feitas por um satélite geocosmico da ESA, chamado GOCE. A animação que você está prestes a ver é uma representação fiel de tais evidências.



Portanto, podemos, agora, dizer em alto e bom tom que, embora ao proclamar que o nosso planeta seja plano como uma mesa seja uma falácia, também o é acreditarmos que ela seja uma esfera redonda como qualquer bola azul. Como as pesquisas do satélite levaram 4 anos para serem concluídas, não há dúvidas, no momento, que, finalmente, temos uma imagem completamente verídica da Terra, e, finalmente, está solucionada a questão sobre seu real formato. 

[Paraoscuriosos]
10 Incríveis fatos sobre a lua

Uma nova sonda lunar, a Lunar Reconnaissance Orbiter, será lançada para mapear a superfície lunar com uma precisão tão grande que será possível ver as marcas deixadas pelos veículos anteriores que enviamos para o satélite.

Recentemente uma sonda japonesa gerou imagens incríveis da lua antes de se chocar na sua superfície. Alguns momentos depois outra sonda também caiu no satélite natural.

Todos estes são esforços para aprendermos mais sobre o material do qual a lua é feita, se há ou não gelo em suas crateras e para onde os EUA deverão mandar os astronautas que serão enviados para lá em 2020.


10. O grande impacto

Cientistas acreditam que a lua foi formada como resultado de uma colisão. Um objeto do tamanho de Marte teria atingido a Terra há 4,6 bilhões de anos atrás, quando o sistema solar e o sol ainda estavam se formando. Rochas vaporizadas resultantes do choque começaram a orbitar a Terra, se condensaram e formaram um corpo sólido, que depois se tornou a lua.

9. A Terra faz a lua nascer

Todos os dias, a lua nasce no leste e se põe no oeste, assim como o sol e outras estrelas, e pelo mesmo motivo: enquanto a Terra está em rotação em seu eixo, ela puxa objetos celestiais, e depois os afasta novamente. A lua faz uma viagem em torno do planeta a cada 29,5 dias. No céu, este movimento é para o leste, mas isso não é observável. Porém, este é o motivo pelo qual a lua nasce aproximadamente 50 minutos mais tarde a cada dia, e também por que às vezes a lua aparece durante o dia.

8. Sem lado escuro

Diferente do que ouvimos por aí, a lua não tem um lado escuro, e sim um lado distante, que não podemos ver aqui da Terra. Os efeitos gravitacionais da terra diminuíram a rotação da lua, e uma vez que ela se tornou igual ao tempo que demora para a lua dar uma volta no planeta, o efeito estabilizou. O que resulta disso é que a lua gira em torno da Terra e em torno do próprio eixo ao mesmo tempo, e só nos mostra uma parte do satélite. Mas a luz do sol também atinge o lado da lua que não enxergamos.

7. A gravidade lá é muito menor

A lua tem aproximadamente 27% do tamanho da Terra, e a gravidade lá é quase 1/6 da gravidade do planeta. Se você derrubar uma pedra na lua, ela vai demorar muito mais para cair no chão.

6. Luas cheias maiores e menores

A órbita da lua ao redor da Terra é oval, então a distância entre o planeta e seu satélite variam durante cada volta da terra. Quando ela está mais próxima à Terra, fica a aproximadamente 360 mil quilômetros do centro do planeta, e quando está mais distante fica a pouco mais de 400 mil quilômetros. Quando está mais próxima, a lua pode ser vista 14% mais brilhante e 30% mais brilhante do que outras luas cheias.

Quando a lua está nascendo, ela parece ser maior, mas isso é uma ilusão, que ainda não sabemos por que ocorre. Se você quiser testar, segure um objeto pequeno, como uma borracha, com o braço esticado próximo à lua, e depois faça a mesma experiência quando a lua estiver mais alta e parecer menor. Próxima ao objeto pequeno, ela fica com o mesmo tamanho nos dois testes.

5. História violenta

As crateras na lua mostram uma parte de sua história violenta. O satélite quase não tem atmosfera e pouca atividade, então as crateras contam uma história de bilhões de anos atrás. Datando as crateras da lua, cientistas descobriram que a lua e a Terra sofreram um bombardeio de objetos cósmicos há quatro bilhões de anos. Esses impactos, segundo um estudo, podem não ter destruído qualquer forma de vida que existisse na Terra na época, e sim ajudado-a a se desenvolver.

4. Ela não é redonda

Ao contrário do que parece, a lua não é redonda nem esférica. Ela tem o formato parecido com um ovo. A ponta menor do “ovo” aponta para a Terra, por isso a lua nos parece redonda.

3. Cuidado! Terremotos lunares

Astronautas usaram sismógrafos durante suas visitas à lua e descobriram que, geologicamente, o lugar é tudo menos morto. Pequenos terremotos lunares acontecem frequentemente, provavelmente causados pela força gravitacional causada pela Terra, e às vezes causam rachaduras na superfície, liberando gases. Cientistas acreditam que a lua tem um centro quente, parecido com o da Terra.

2. Puxando os mares

As marés na Terra são causadas pela lua: a gravidade do satélite “puxa” os oceanos. Marés altas se alinham com a lua enquanto a Terra gira, e a maré também fica alta do outro lado do planeta, pois a gravidade puxa a Terra em direção à lua mais do que puxa a água. Toda essa gravidade tem efeito sobre o planeta: parte da energia rotacional da Terra é “roubada” pela lua, e o planeta diminui a rotação em aproximadamente 1,5 milisegundos por século.

1. Ciao, luna!

Ao mesmo tempo que você lê isso, a lua está se afastando de nós: a cada ano, ela se afasta aproximadamente quatro centímetros da Terra. Pesquisadores acreditam que quando foi formada, há 4,6 bilhões de anos, a lua ficava a 22 mil quilômetros da terra, enquanto agora fica a mais de 450 mil quilômetros.

[Live Science]

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos atribuiu a forma da Lua, que não é uma esfera perfeita, a forças gravitacionais exercidas pela Terra durante a infância do satélite, há 4,4 mil milhões de anos.
O satélite natural da Terra não é totalmente esférico, mas ligeiramente achatado, sendo igualmente deformado por um ligeiro “inchaço” na face visível a partir do “planeta azul” e por uma outra protuberância na face escondida.

Segundo a equipa do investigador Ian Garrick-Bethell, da Universidade da Califórnia, as primeiras forças de maré exercidas pela Terra, quando esta estava mais próxima da Lua, aqueceram de maneira desigual, conforme os sítios, a crosta do satélite natural, quando este flutuava num oceano de rocha em fusão.

Posteriormente, quando a Lua arrefecia, as forças gravitacionais deformaram o seu exterior e coagularam as suas protuberâncias.

A força de maré sincronizou, também, a rotação da Lua e a sua evolução em torno da Terra, o que fez com que os humanos vejam sempre a mesma face do satélite natural.

Para chegar às suas conclusões, publicadas hoje na revista Nature, a equipa de Ian Garrick-Bethell analisou a topografia da Lua, abstraindo-se das suas vastas crateras, que terão aparecido numa fase posterior.

O astrofísico estima que a compreensão da forma da Lua poderá ajudar a apreender “um grande número de fenómenos geológicos que terão ocorrido depois da sua formação”, inclusive a sua assimetria. Só a face visível da Lua apresenta planícies vulcânicas.

O Sistema Solar formou-se há cerca de 4,5 mil milhões de anos e a Lua terá nascido de uma colisão em massa suportada pela Terra.

A Lua localiza-se a uma distância média da Terra de 384 mil quilómetros e afasta-se do “planeta azul” 3,8 centímetros por ano.

[Lusa]


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